segunda-feira, 14 de junho de 2010


Sempre tão vaidosa! Quanta preocupação com roupas, cabelo, maquiagem. Um evento social costumava requerer toda atenção.
Sempre arrumada, elegante, linda! Praticava esportes. Corria, caminhava, andava de bicicleta. Mantia a forma e a saúde. Sempre disposta, sempre um doce.
Mas, numa simples atividade do cotidiano, fora atingida.
O autor, um jovem rapaz, [que dizem ter 20 anos], que numa fração de segundos, feriu uma pessoa, atingiu uma família e chocou uma quantidade de amigos. Mas como, muitos podem perguntar?!
-Ele atendeu o celular!
Isso, apenas isso?
Sim, isso. Tão pouco e tão devastador. Um fato porém chama atenção.
Ele antendeu o telefone sim, mas o fez enquanto dirigia. E pior, o fez enquanto dirigia e excedia a velocidade.
Perdeu o controle. O controle do carro, da vida dele e das outras pessoas que passavam ao redor. Afinal, todas corriam o risco de serem atingidas.
Ele, dizem, teve um traumatismo e o rosto desfigurado.
Mas, honestamente, ele não me importa.
Não me importa simplesmente porque ele feriu alguém que amo. Mas, novamente muitos podem perguntar, feriu como a ponto de tanta revolta exposta?
Feriu, sim! Fê-la perder uma parte de seu próprio corpo. Seu santuário, cuidado com tanto carinho, tanta dedicação.
Afligiu a todos, preocupou os mesmos.
E agora? Como vai ser? E quando ela acordar? Como vai reagir ao saber da notícia?
Mesmo com tudo isso, o que mais importa agora é saber da recuperação dela. 12 horas após o acidente e ainda sem nenhum contato com alguém. Num gélido bloco cirúrgico [diga-se de passagem, está lá por não haver vaga em um CTI, já que necessita de maiores cuidados].
Além de todas essas coisas, percebemos as falhas. Todas as falhas!
Quando soube que o autor tinha 20 anos, ouvi dizerem: "Não deve ter experiência, é novo e devia estar correndo." A velocidade, ou melhor, o excesso dela se confirma. Pelo contrário, não teria quebrado duas pernas de uma pessoa, arremeçado-a contra uma árvore e ainda caído dentro do canal, após destruir as muretas de proteção.
Mas, de repente percebi, eu também tenho 20 anos, o que nos diferencia tanto assim?
É, há uma falha.
Atender telefone celular é crime, gera multa e perda de pontos na carteira.
Infração de velocidade também é crime.
Falhas!
Sem falar no hospital, sem leitos no CTI.
Falha!
Mas e agora, e o que se pode fazer diante disso?

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