segunda-feira, 5 de julho de 2010

O canto do chicote!


E eis que ele brilha, reflete
Nas mãos poderosas que finda vidas e decide destinos
É como cobra que contorce, retorce
Não tem dentes, não tem garras
Mas (per)fura, (re)corta, desforma
E se agarra, se amarra
Destrói o que existe
Constrói marcas
Não se intimida, que sejam reis ou rainhas
Cidadãos de bem ou não
Eles se igualam diante daquele
Que não mede forças, pois é a presentificação da mesma
É ele que todos temem
Que morrem por (causa) (d)ele
Tão pequeno e tão poderoso
Tão ínfimo e tão cruel
É ele que se põe, se dispõe
Se apresenta e arrebenta
Corações, sensações
Sentimentos e ações
É ele que faz brotar pequenas e grandes gotas
De suor de uma tez que trabalha
Que se sacrifica, que se humilha
E é humilhada
É ele que promove grande parte da desgraça escrava.

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